Acorda sempre que o seu parceiro se mexe durante a noite? Signifique que o seu colchão não tem a independência de movimentos necessária para garantir um sono reparado a dois. De acordo com um estudo da Sociedade Portuguesa de Pneumologia (SPP), 46% dos portugueses dormem mal, um problema que se agrava quando partilham a cama. A solução? Escolher um colchão capaz de isolar e absorver o movimento, preservando o descanso de ambos. Eis o que tem que saber.

O que é a independência de movimentos?
Durante a noite, o movimento é algo natural e até saudável, já que o corpo procura evitar pressão excessiva numa só zona. No entanto, algumas pessoas mudam de posição com frequência, dão muitas voltas ou sofrem da síndrome das pernas inquietas. Este movimento pode ser bastante incómodo para quem dorme ao lado, sobretudo se tiver o sono leve.
É aqui que entra a independência de movimentos: a capacidade do colchão de absorver, isolar e não transmitir os movimentos de um lado para o outro. Um colchão com boa independência garante tranquilidade para ambos e ajuda a evitar despertares noturnos.
A transferência de movimento é uma das principais causas de distúrbios do sono em casais – e a escolha do colchão certo é a melhor forma de a reduzir.
Os colchões com melhor isolamento de movimentos
É importante compreender que nenhum colchão consegue eliminar totalmente a transferência de movimentos. Ainda assim, as tecnologias mais recentes permitem reduzi-la de forma significativa, oferecendo um descanso muito mais confortável para que duas pessoas possam dormir bem lado a lado.
Apesar de a solução ideal ser cada pessoa ter o seu próprio colchão individual, diversos estudos científicos demonstram que partilhar a cama com alguém de quem gostamos aumenta o nosso bem-estar. Por isso, este critério assume tanta importância na escolha. Estes são tipos de colchão mais recomendados para casais.
1. Colchões viscoelásticos
A espuma viscoelástica adapta-se às curvas do corpo e envolve-o de forma suave, ajudando a reduzir os movimentos e a melhorar a independência de movimentos. É uma excelente opção para casais que procuram conforto e um sono tranquilo.
No entanto, estes colchões tendem a ser mais caros e a reter calor, podendo não ser a melhor escolha para quem transpira muito durante a noite.
2. Colchões híbridos
Os colchões híbridos são também uma excelente opção para dormir confortavelmente a dois. Como combinam diferentes materiais, tiram partido das vantagens de cada um, oferecendo simultaneamente o nível de firmeza desejado, boa ventilação e uma elevada independência de movimentos.
Os modelos híbridos mais comuns no mercado conseguem reduzir a transferência de movimento graças à combinação de molas ensacadas com uma ou mais camadas de espuma viscoelástica.
3. Colchões de látex
Apesar de serem mais dinâmicos, os colchões de látex garantem um nível bastante satisfatório de independência de movimentos. O látex pode ser de origem natural ou sintética, sendo o natural mais caro, mas também mais duradouro.
Além disso, são mais respiráveis e regulam melhor a temperatura do que os colchões viscoelásticos. No entanto, a sua capacidade de absorver os movimentos depende em grande parte do tipo de látex: o látex Dunlop oferece melhor isolamento do que o látex Talalay.
4. Colchões de molas
De um modo geral, os colchões de molas não são a escolha mais indicada para quem é muito sensível à transferência de movimento. Ainda assim, é importante distinguir entre os diferentes tipos:
- Molas ensacadas: cada mola é envolvida individualmente, o que ajuda a absorver melhor os movimentos.
- Molas tradicionais: ligadas entre si, são menos capazes de isolar os movimentos.
Independência de movimentos: para quem é essencial?
Certos hábitos de sono podem torná-lo mais sensível à transferência de movimentos. Se se identificar com as situações abaixo, provavelmente deverá optar por um dos tipos de colchão apresentados anteriormente.
1. Pessoas com sono leve
Se você ou o seu parceiro acordam facilmente com o menor ruído, mudança de luz ou movimento, um colchão com boa independência de movimentos vai ajudá-los a dormir melhor.
O problema de um colchão que não absorve bem os movimentos é que o sono leve acaba por “contagiar” o casal: o parceiro pode ver o seu descanso afetado sempre que o outro desperta.
2. Casais com horarios diferentes
No mundo ideal, ambos adormecem e acordam à mesma hora, mas nem sempre isso acontece. Se têm rotinas distintas, o movimento de quem se deita ou se levanta pode perturbar o descanso do outro.
Quando o colchão transmite demasiado movimento, é quase impossível não interromper o sono do parceiro, o que pode provocar fadiga diurna, alterações de humor e impacto no bem-estar geral.
3. Quem se mexe muito durante a noite
Alguns dormem profundamente, mas mudam frequentemente de posição. Mesmo sem casos extremos como sonambulismo ou síndrome das pernas inquietas, esses movimentos podem incomodar o parceiro.
Sem um colchão com boa independência de movimentos, quem se mexe muito pode acordar o outro com frequência. A escolha de um colchão adequado, bem como um tamanho maior (Queen ou King Size) e roupa de cama individual (lençóis ou edredões separados), ajuda a minimizar o impacto.
4. Pessoas com insónias
Para quem tem dificuldade em adormecer ou em manter o sono durante toda a noite, otimizar o ambiente de descanso é essencial. Uma fraca independência de movimentos pode agravar o problema.
Se sofre de insónia e partilha a cama, escolher um colchão que isole os movimentos pode melhorar significativamente a qualidade das suas noites.
Conclusão
A independência de movimentos é um critério fundamental para dormir bem a dois. Ao optar por um colchão com esta característica — como os incluídos na nossa seleção dos melhores colchões — estará a criar as condições ideais para um sono tranquilo, tanto para si como para o seu parceiro. É importante? Sem dúvida: contribui para que o casal acorde descansado e com mais qualidade de vida no dia a dia.